quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Para mulheres: preciso de quantos limões para investir na bolsa (ou pra comprar uma bolsa)?

Ontem li uma matéria até engraçada sobre uma menina americana, de apenas 7 anos, que conseguiu poupar o dinheiro das férias na Disney (pra ela e pra mãe, detalhe!), vendendo limonada na rua (ver matéria completa).
Que me desculpem os psicólogos, sociólogos, conselheiros tutelares, promotores, guardiões das leis de proteção ao menor, ou quaisquer outros que acham que lugar de criança é na escola e que é um a-b-s-u-r-d-o menino trabalhar, mas eu achei o máximo a atitude da pequena Julie Murphy!
Pelo menos quero muito que meus filhos tenham essa visão empreendedora e econômica das coisas da vida. No mínimo, ela mostrou ter iniciativa, disposição pra correr atrás dos seus desejos, capacidade de liderança e organização, empenho,
responsabilidade, e ainda por cima foi extremamente generosa, porque dividiu os lucros com a mãe, sem ter a audácia de cobrar 0,1% de juros!
Definitivamente, eu quero uma filha assim!
Essa coisa de dinheiro é complicada até pra quem tá careca de saber quanto custa um quilo de arroz...! Imagina pra cabeça dos pequeninos, que só sabem pensar em Barbies, Play Stations e MC Donalds!!

"Quero conhecer a Disney. Como faço pra juntar dinheiro?"
A resposta parece meio ridícula: "junte 2 reais por dia, coloque na poupança ou no cofrinho, que no final de uns 5, 6, 7 anos dá pra comprar o pacote de uma semana" ou "trabalhe em alguma coisa que de um certo lucro, ainda que pequeno, guarde esse dinheiro e, depois, divirta-se!"...
(A mesma fórmula também se aplica pra quem quer ir a Copa do Mundo de 2014 ou 2018.)

"Desejo comprar uma casa, um carro, e viajar nas férias. Como arranjo grana pra isso?"
E a resposta é igualmente ridícula: "trabalhe MUITO, reserve uma boa porcentagem do seu lucro, nunca gaste mais do que o que recebe, e depois de um tempo, na lei da matemática óbvia, poderá realizar seus sonhos, porque mais + mais, é sempre MAIS!".

O problema é que, na prática, o dinheiro flui como água. E quase sempre em mãos que não as nossas. Não sei se sou apenas eu, mas às vezes tenho a impressão de que, quanto mais eu ganho, menos eu tenho, e de mais eu necessito, numa equação complexa que deixa meu cérebro fora da órbita! Parece muito simples dizer "ecomiza, porque quem poupa, tem! E o seu gasto deve ser inferior ao seu lucro", quando os luxos e supérfluos estão nas vitrinas piscando em neon: "Compra-me, compra-me. Você me precisa e estou em liquidação! 12x sem juros no cartão!!!!". E o resultado é que nunca sobre 1 Realzinho sequer para ser guardado.

O jeito é aprender a gastar. E em que.

E saber como poupar. E onde. E quando.

Não estou vendendo suquinhos na rua, não abri um pequeno negócio, tampouco tenho cifras extraordinárias pra aplicar sei lá onde (aliás, quem me dera!). Na verdade, na verdade, há pouquíssimo tempo, qualquer expressão do "economiquês" soava como húngaro pra mim. Mas aprendi na prática (e na marra!) que dinheiro é ótimo, sim, mas é coisa muito séria. E que prosperidade não se resume a desfilar com carro novo, menos ainda com coleções de bolsas e sapatos da moda.
Embarquei nessa nova onda das "mulheres modernas e inteligentes que entendem tudo sobre administração e economia" (pra quem ainda não sabe, tá extremamente na moda mulher entender sobre aplicações e fundos de investimento!), e me afundei em alguns livros e sites que introduzem o assunto "finanças" ao universo feminino.

Algumas obras achei meio complicadas demais, ou técnicas demais (de forma que tava quase desistindo e achando bem mais fácil só cozinhar feijão, mesmo!), mas consegui me identificar com uma, em particular: virei leitora assídua da revista Elas&Lucros! Além de bem baratinha, ela traz umas matérias e artigos bem didáticos para as mulheres que sonham em usufruir muito bem seu dinheiro e/ou patrimônio.

Claro que não dá pra levar tudo 100% a risca, senão não se compra mais nada: imóveis, só se for com mais da metade do valor a vista; para carros, evite financiamentos superiores a 2 anos; bens perecíveis (jantinhas ou roupas novas, por exemplo) são desnecessários; casamento é prejuízo em dobro; filhos, nem pensar - mais de R$ 15 mil de gasto por ano!!...Ou seja: impossível, na vida real!

Mas é sempre útil saber lidar com cifras. Indico o site da própria editora da revista, com links para blogs, rádio, dicas de especialistas, e até consultoria financeira.

Com tanta informação disponível, fica até mais fácil: é só preparar a limonada + estabelecer metas + trabalhar + guardar eficientemente = correr pro abraço no Mickey!
E se a lição for bem tomada (assim esperamos todas nós!) ainda sobra pra uns badulaques básicos no free shop!

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