domingo, 15 de agosto de 2010

Um look no Guiness book!

Acabei de ver uma coisa incrivelmente bizarra: estudantes chineses batem recorde de dominó humano!

Vejam:


Daí entrei no site do Guiness Book, e vi que as pessoas estão com tempo sobrando! É a única explicação!

Tem cada recorde lá, que pelo título nem dá pra entender direito! Alguém tem idéia do que veio a ser o mergulho raso de maior altura do mundo?
Pois eu explico: O mergulho de grandes alturas em águas rasas é uma manobra na qual se salta de uma plataforma e cai DE BARRIGA numa piscina inflável com apenas 30cm de água instalada sobre um colchão com 25 cm de espessura. Pode isso? Em 2000, o dublê americano Danny Higginbottom tornou-se recordista nessa "prática" (é o que diz o site!), saltando de uma altura de 8,86 m. Como se não bastasse a bizarrice, ele mesmo quebrou seu próprio recorde 4 vezes (o cara tem que ser dotado de muita juvenilidade pra fazer isso mais de uma vez!). Em 2005, o novo recordista da proeza, Darren Taylor (EUA) saltou de uma altura de 10,30m, depois de ter, TAMBÉM, superado O SEU PRÓPRIO recorde por 8 vezes. A 9a. tentativa de Taylor, no entanto, é que foi para no Guiness Book: ele conseguiu saltar de uma altura de 10,91m em março de 2009.

Tem outras várias coisas entranhíssimas: a maior estrutura de cartas de baralho do mundo, o homem que conseguiu engolir o maior número de espadas (mais estranho que isso é só descobrir que existe uma Associação Mundial de engolidores de espadas!), o que conseguiu arrastar o veículo mais pesado com a própria força, a maior aula de defesa pessoal, o maior ovo de Páscoa do planeta, a maior manifestação pacifista, e por aí vai...

Não tem jeito mesmo: nós e a nossa necessidade de ganhar alguma coisa, de se destacar por alguma coisa! Pode ser o feito mais inútil do universo, mas tá lá o nomezinho entrando pra História. Aquela coisa do "eu fiz isso e mais ninguém"..."Palmas pra mim!"...
Prova disso é o holandês Win Hoff, o "homem de gelo" que consegiu entrar no Guiness por ficar mais tempo submerso numa banheira cheia de gelo: 30minutos e 09s. O recorde dele foi batido por um alemão, depois por um chinês e, depois, por um brasileiro. Indignado e possuído pela febre do "como assim? que petulância!", ele superou o seu e todos os outros limites com a incrível marca de 1h42m22s congelando o sangue do corpo (e paralisando membros e órgãos!), com o mais que o triplo do tempo da sua primeira tentativa...

E essas coisas só acontecem porque tem gente curiosa e, também, gente ORGULHOSA no mundo!

Ôooooo, altivez de espírito!

A Arte do Paulo Gouvêa

Todas as fotos deste post são de obras do artista plástico Paulo Gouvêa. Semana passada li no jornal que ele lançou um livro, numa espécie de vernissage, e achei bem bacana. Ler sobre isso me fez lembrar de que o Paulo tem uma história curiosa. Ou melhor, eu tenho uma história curiosa com ele.

Ele sempre aparecia nos meus showzinhos e apresentações, era figura carimbada, meio que fã de carteirinha do som da minha banda, elogiava bastante a minha voz e tal. E foi daí que nos conhecemos
(esse povinho da arte sempre dá um jeito de se conhecer e fazer amizade, nunca vi!). Ele se apresentou como pintor e artista plástico, mostrou algumas das obras pra mim (e eu, de cara, já achei uma mais sensacional que a outra!) e, também me falou de algumas animações que ele desenvolvia. Quando soube que eu era jornalista, pediu que eu desse uma força em algumas coisas: a idéia dele era elaborar um projeto, bem organizado e bem escrito, de acordo com a Lei de Incentivo a Cultura, para encaminhar a Prefeitura (ou Governo do Estado, não recordo exatamente). E que eu também encaminhasse uns releases pra uns jornais locais falando sobre o tal projeto. Tratava-se de oficinas de artes para crianças nas escolas públicas, ou alguma coisa assim, e o nosso combinado era: dinheiro vivo ele não tinha pra me pagar, mas se o projeto fosse aprovado, eu receberia alguma coisa pelo meu
trabalho. E também poderia contar com o talento dele, numa espécie de permuta de habilidades, pra banners, clipes, cd de divulgação, ou qualquer moda que eu fosse inventar para o meu som.

Na época, a Prefeitura (ou Governo, continuo não me lembrando!) cortou todos os projetos, porque já tinham sido utilizadas as verbas para educação e cultura naquele ano. A idéia dele só ficou no papel, e continuamos os dois pobres, trabalhando com arte. Lamentei duplamente, por mim e por ele, mas continuei cantando, e ele continuou me assistindo de
vez em quando, e sempre pintando quadros geniais e cheios de personalidade.
(Nem sei se ele se lembra disso, sequer se ele se lembra de mim!
Mas esse foi um trabalho nosso que não foi adiante! Vez ou outra me lembrava dessa história...).
Um tempo em seguida, o Paulo sumiu!

Sei que, um ano e tanto depois disso (pouco mais, talvez), fui assinar um documento com o gerente do meu banco, e foi onde reparei: nos cartazes, folhetos, máquinas de caixa eletrônico, em tudo, algumas bonequinhas me chamaram atenção de imediato. E eles eram únicas demais pra serem de outro artista- eram mesmo do Paulo Gouvêa! E não é que
o danado conseguiu um contrato com o Banco do Brasil, ilustrando toda a campanha publicitária de 2009??? O cara que tava todo duro, tentando um apoio da Prefeitura (ou do Governo...Droga! Continuo não me lembrando por nada neste mundo!) pra tirar um dinheiro extra um tempo antes, tinha conseguido emplacar sua arte em todo o país, de fora a fora, simplesmente no banco de maior abrangência do território nacional!!!!!
Só lembro de ter soltado em belo e altíssimo som, no meio da agência, um
"Caraaaaaaaaaaaaaaaaaaca, que sensacional!!! As bonequinhas do Paulo!!!!!!", com todo mundo me olhando com cara de "quem é essa doida????"...

Fiquei bem feliz, mesmo!
Por ele, pela arte, pela oportunidade de várias pessoas de virem algo lindo num ambiente insólito, e deprimente, e burocrático que é um banco...porque talentos, enfim, estavam sendo mostrados!
E pouquíssimas coisas me deixam tão entusiasmada quanto talentos revelados, ou pessoas competentes se dando super bem na vida!
Ainda mais quando se trata de um trabalho artístico! Eu sei como é suado montar um espetáculo de ballet clássico, e se mataaaaaar pra correr atrás de um patrocínio que mal paga os gastos com sonorização e cenário...Eu sei como é complicado trabalhar numa peça de teatro, ou na produção de uma peça de teatro, e no fim das contas se ter muito mais a pagar do que a receber, mesmo com 500 mil leis de incentivo a várias coisas artísticas...Eu sei, também, como é penoso ganhar dinheiro com música, enquanto ainda se é um reles mortal anônimo (o caso de 99% dos músicos do país!)...Imagino que deve ser igualmente difícil ser pintor, escultor, desenhista ou escritor, ne
ste nosso mundo de incultos e desletrados...

E é aí que todo mundo comenta que vale bem mais ser médico, advogado, ou engenheiro. Quantas vezes eu já ouvi essas coisas...!
Nada contra nenhuma dessas profissões mais "de elite", teoricamente mais rentáveis (até porque eu, tecnicamente como advogada, jamais falaria mal da minha categoria! Nem de nenhuma outra!), mas muito me irrita essa coisa de "meu filho faz engenharia, meu filho é doutor, meu filho é PhD em não sei o quê", e todo o resto é "vagabundagem de quem não tem o que fazer"...

Cada um com suas habilidades!

E eu costumo dizer que não é uma pessoa que escolhe ser artista; é a arte que já escolhe a pessoa desde que ela nasceu...Alguns nascem pra fazer cálculos, outros pra identificar sons! Alguns vieram ao mundo pra curar pessoas; outros pra colorir a vida de boa parte delas...Cada um nasce com um talento, uma facilidade pra determinada coisa, e tem a árdua e penosa função de desenvolver isso ao longo da vida...Mas, insisto: cada
um com sua habilidade!

E é por isso que também costumo dizer: prefiro criar cartunistas felizes a médicos frustrados! Se algum dia eu tiver um filho com dons pra desenhar, nem vou pensar duas vezes antes de incentivá-lo a lapidar e profissionalizar seus dotes! Da mesmíssima forma se for um talento pra dança, pra música, pra mímica, ou pra o que quer que seja...
E dá pra o trabalho virar coisa de gente séria?? Claro que dá! Só ver pelo Paulo...

Ainda sonho com a arte mais acessível, mais valorizada, mais respeitada...Sonho com o dia em que as pessoas vão entender a arte como trabalho digno, como profissão, sem perguntarem estupidamente "ah, que legal! Você é músico! Mas trabalha com o que???"...
(E só a paciência divina nessas horas!!!)

Não tive a oportunidade de perguntar pro Paulo se ele enriqueceu, mas já pude ver a obra dele em bancos, camisetas, geladeiras, mostras de decoração - muito pobre ele não está!
Mas que seja: a nossa arte vista, divulgada, escancarada não tem dinheiro no mundo que pague!

E que eu possa ver ao trabalho dele em trilhões de outros lugares, como conseguiram Luciano Martins e Romero Britto, por exemplo. Pra também me incluir no sonho, que EU possa viajar pra bem longe, pra uma Europa da vida, e ver a arte dele exposta pro mundo, pra quantas pessoas puderem ver: é NO MUNDO TODO, e PRA O MUNDO TODO, que pessoas ousadas e de talento merecem estar, mesmo...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Para mulheres: preciso de quantos limões para investir na bolsa (ou pra comprar uma bolsa)?

Ontem li uma matéria até engraçada sobre uma menina americana, de apenas 7 anos, que conseguiu poupar o dinheiro das férias na Disney (pra ela e pra mãe, detalhe!), vendendo limonada na rua (ver matéria completa).
Que me desculpem os psicólogos, sociólogos, conselheiros tutelares, promotores, guardiões das leis de proteção ao menor, ou quaisquer outros que acham que lugar de criança é na escola e que é um a-b-s-u-r-d-o menino trabalhar, mas eu achei o máximo a atitude da pequena Julie Murphy!
Pelo menos quero muito que meus filhos tenham essa visão empreendedora e econômica das coisas da vida. No mínimo, ela mostrou ter iniciativa, disposição pra correr atrás dos seus desejos, capacidade de liderança e organização, empenho,
responsabilidade, e ainda por cima foi extremamente generosa, porque dividiu os lucros com a mãe, sem ter a audácia de cobrar 0,1% de juros!
Definitivamente, eu quero uma filha assim!
Essa coisa de dinheiro é complicada até pra quem tá careca de saber quanto custa um quilo de arroz...! Imagina pra cabeça dos pequeninos, que só sabem pensar em Barbies, Play Stations e MC Donalds!!

"Quero conhecer a Disney. Como faço pra juntar dinheiro?"
A resposta parece meio ridícula: "junte 2 reais por dia, coloque na poupança ou no cofrinho, que no final de uns 5, 6, 7 anos dá pra comprar o pacote de uma semana" ou "trabalhe em alguma coisa que de um certo lucro, ainda que pequeno, guarde esse dinheiro e, depois, divirta-se!"...
(A mesma fórmula também se aplica pra quem quer ir a Copa do Mundo de 2014 ou 2018.)

"Desejo comprar uma casa, um carro, e viajar nas férias. Como arranjo grana pra isso?"
E a resposta é igualmente ridícula: "trabalhe MUITO, reserve uma boa porcentagem do seu lucro, nunca gaste mais do que o que recebe, e depois de um tempo, na lei da matemática óbvia, poderá realizar seus sonhos, porque mais + mais, é sempre MAIS!".

O problema é que, na prática, o dinheiro flui como água. E quase sempre em mãos que não as nossas. Não sei se sou apenas eu, mas às vezes tenho a impressão de que, quanto mais eu ganho, menos eu tenho, e de mais eu necessito, numa equação complexa que deixa meu cérebro fora da órbita! Parece muito simples dizer "ecomiza, porque quem poupa, tem! E o seu gasto deve ser inferior ao seu lucro", quando os luxos e supérfluos estão nas vitrinas piscando em neon: "Compra-me, compra-me. Você me precisa e estou em liquidação! 12x sem juros no cartão!!!!". E o resultado é que nunca sobre 1 Realzinho sequer para ser guardado.

O jeito é aprender a gastar. E em que.

E saber como poupar. E onde. E quando.

Não estou vendendo suquinhos na rua, não abri um pequeno negócio, tampouco tenho cifras extraordinárias pra aplicar sei lá onde (aliás, quem me dera!). Na verdade, na verdade, há pouquíssimo tempo, qualquer expressão do "economiquês" soava como húngaro pra mim. Mas aprendi na prática (e na marra!) que dinheiro é ótimo, sim, mas é coisa muito séria. E que prosperidade não se resume a desfilar com carro novo, menos ainda com coleções de bolsas e sapatos da moda.
Embarquei nessa nova onda das "mulheres modernas e inteligentes que entendem tudo sobre administração e economia" (pra quem ainda não sabe, tá extremamente na moda mulher entender sobre aplicações e fundos de investimento!), e me afundei em alguns livros e sites que introduzem o assunto "finanças" ao universo feminino.

Algumas obras achei meio complicadas demais, ou técnicas demais (de forma que tava quase desistindo e achando bem mais fácil só cozinhar feijão, mesmo!), mas consegui me identificar com uma, em particular: virei leitora assídua da revista Elas&Lucros! Além de bem baratinha, ela traz umas matérias e artigos bem didáticos para as mulheres que sonham em usufruir muito bem seu dinheiro e/ou patrimônio.

Claro que não dá pra levar tudo 100% a risca, senão não se compra mais nada: imóveis, só se for com mais da metade do valor a vista; para carros, evite financiamentos superiores a 2 anos; bens perecíveis (jantinhas ou roupas novas, por exemplo) são desnecessários; casamento é prejuízo em dobro; filhos, nem pensar - mais de R$ 15 mil de gasto por ano!!...Ou seja: impossível, na vida real!

Mas é sempre útil saber lidar com cifras. Indico o site da própria editora da revista, com links para blogs, rádio, dicas de especialistas, e até consultoria financeira.

Com tanta informação disponível, fica até mais fácil: é só preparar a limonada + estabelecer metas + trabalhar + guardar eficientemente = correr pro abraço no Mickey!
E se a lição for bem tomada (assim esperamos todas nós!) ainda sobra pra uns badulaques básicos no free shop!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E a neve (?!?!?!) chegou...

Podemos todos dizer que, em algum dia que se perdeu em milhares de anos, nós moramos num país tropical. Foi-se a época, porém...

Depois que vi (hoje, agora!) uma matéria na tv sobre pessoas fazendo snowboard em algumas cidades de SC e do RS, além de quase chorar (de rir e de frio!), pude concluir que este SÓ PODE SER o fim dos tempos!

As imagens foram lindas de verdade, e não caiu só aquela nevezinha ralé de meia tigela que costuma cair todo ano, não! Se não tivessem dado a fonte nem o local, teria jurado se tratar do Canadá ou da Lapônia!

Mas, mesmo com tanta beleza fotográfica, fui uma das poucas que não viu graça alguma nessa baixa insana de temperatura. Não tem romance, nem fondue que me façam gostar do inverno (e, na realidade, ando com trauma das duas coisas!)! Frio dá preguiça, dor no corpo, e modifica o humor das pessoas pra muito pior. Fora a sensação desagradabilíssima de um vento congelante nas orelhas, e nas extremidades que nunca se aquecem (ou seja: nada romântico!).
Essa última semana, mesmo, foi de matar: nunca bati tanto queixo, desde que me conheço por gente!
Como se a neve não fosse suficiente, tem chovido até não poder mais! Aquela chuva das mais chatas, ainda: que não sabe se cai pra molhar, ou se cai só pra irritar!!!
(Sorte a nossa que, pra enormes problemas como esse, inventaram o chocolate quente...)

E enquanto uma meia dúzia de sadomasoquista faz o possível pra correr pra serra só pra rachar os lábios e bater foto com boneco de neve, no maior estilo "agoro moro na Europa", eu sonho com calor a qualquer momento!
Cheirinho de protetor solar, torrão de primeiro dia de praia no ano, pressão baixa, sensação de abafamento, areia inconveniente da praia, ar condicionado que parece não esfriar, e Sol...MUITO SOL!!!
Nunca senti tanta falta dessas coisas!