segunda-feira, 14 de junho de 2010

O meu desejo de amor...

(Atrasado! Porém algum dia fica tarde demais pra falar de amor???)

Semana passada, durante as compras de presentes de dia dos namorados (ou não necessariamente isso), encontrei um amigão meu, que estava escolhendo alguma coisa pra namorada. Pediu opinião, inclusive.
A segunda coisa que ele me perguntou foi se eu já tinha encontrado o príncipe dos meus textos, e o que eu estava comprando de presente pra ele.

Não tinha uma vez que eu escrevia sobre amor, sobre homens/ mulheres, sobre romance ideal e coisas desse tipo no meu blog, ou nos meus arquivos do computador, mesmo (nas datas especiais, como o próprio dia dos namorados, e mandava pra uma meia dúzia dos meus contatos de email) e ele não me respondia dizendo que tinha ficado com os olhos cheio d´água, e que também queria um amor daqueles.
Até nem pensei que homem pudesse ser assim sentimental...!

Ele comentou que sempre que via algum texto Lya Luft, Drummond, Vinícius, Neruda ou algo poético e água-com-açucar do tipo, falando sobre relacionamentos, ele sempre se lembrava de mim, e das minhas descrições do amor perfeito.
Disse que também sonhava com alguém que fosse gostar dele da forma mais profunda e sincera possível. Alguém que torcesse por ele, que brigasse com ele e lhe chamasse a atenção toda vez que ele fizesse besteira, ou que falasse coisa que não devia; uma pessoa que lesse os pensamentos dele, mas que torcesse pelo sucesso e pela prosperidade dele; alguém de quem ele sentisse falta, mesmo estando próximo; alguém com quem ele se preocupasse, e pudesse ter a certeza de que a preocupação era recíproca; alguém com quem ele pudesse contar, e também fazer planos a curto e longo prazo; alguém que fosse cúmplice, mesmo nas horas mais impróprias; alguém com quem ele quisesse absurdamente construir uma família; alguém de quem ele sentisse orgulho; alguém com quem ele dividisse vários segredos e por quem ele seria capaz de fazer quase que qualquer coisa; uma parceria de verdade, uma amiga, irmã nas horas vagas, filha, às vezes chefe, e sempre um amor por toda a vida..."e mais aquele monte de coisa daquela tua visão super doce de como os amores devem ser", comentou por fim.

Bom...
Falei que não tinha achado o amor dos meus contos e crônicas, ou que achava que tinha achado, mas que tinha sido um engano daqueles. Contei que a minha visão sobre o amor era, obviamente, cheia de alegorias - teatral ou hollywoodiana demais pra existir na vida real, mas que nos papéis, livros e filmes, ela cabia como luva. E por isso que saiam textos meus legaizinhos a respeito. "Ainda bem que existe o mundo fictício do entretenimento para nos fazer acreditar que esse amor eterno é palpável e lindo de morrer", e meio que finalizei a minha parte no assunto.

Depois, até EU percebi que tinha sido uma romântica rebelde demais pra data, ainda mais que, de fato, eu estava comprando um presente pro dia dos namorados. E ele, idem.

Ele encerrou dizendo, soando total como Shakespeare apaixonado, que a gente é o que a gente deseja. E que, da parte dele, ele tinha encontrado um amor daqueles que eu sempre sonhei pra mim e pros outros. Aquele dos meus textos! Claro que com uma dose bem extra de realidade e de imperfeição (e isso foi comentário dele!), mas que tinha achado, e que esse amor existia, sim!

Ainda não sei se existe o tal do "amor pra sempre" (até creio bastante que sim!), mas uma coisa ele falou e é verdade: a gente É e a gente REALIZA (e a última parte é adendo MEU!) o que a gente DESEJA!

Aquela lei do "é dando que se recebe", ou do "seu desejo é uma ordem!", sabem?

Com base nisso, hoje não vou escrever nada inédito sobre amores, nem vou colar nenhuma frase linda de ninguém. Vou apenas desejar amplamente, a quem quiser ler, tudo o que desejo pra mim mesma, e tudo o que o meu amigo me desejou, no que diz respeito a amor: que encontrem alguém a quem possam definir como um AMOR de verdade. E, se já encontraram, que o tratem como tal. Se não aconteceu ainda, que busquem incessantemente e não percam as esperanças, porque vale a pena. Um amor bem melado, bem cheio de clichê, bem passional, super colorido, completamente de história de filme, ou de best-seller...paciente, benigno, que não sente ciúme, muito menos dor...que é "eterno enquanto dura" e que dura pra sempre. Um amor desses de tirar o fôlego...!

O que aparecer menor que isso, pura banalidade!