domingo, 14 de junho de 2009

Muito LSD na cabeça...

Não!

Não mato baratas.
Nem lagartixas.
Nem moscas.
Muito menos formigas.

E nem é porque sou ativista do greenpeace, ou porque coleciono insetos em potes de palmito e azeitona. Muito pelo contrário, até: sofro de alergia mortal de tudo quanto é tipo de bicho pequeno que incomoda por aí, e tenho pavor de qualquer coisa que voa ou que se arrasta pelo chão.

Mas sou capaz de passar horas observando o "ritmo de vida" de cada um desses serezinhos. Que nem criança pequena...

Alguém já viu mosca piscar??
Eu já...

Formiga carregando comida todo mundo já viu, né? Vai uma atrás da outra, de forma que se uma faz uma curva um pouco pra direita a outra também faz, num movimento idêntico...Depois elas vão passando o alimento de pata em pata (pata de formiga é pata, mesmo??), até chegar no esconderijo secreto da comunidade de formigas, ou até que uma mais alvoraçada coma tudo sem deixar pra nenhuma outra...

Bonitinho também é ver grilo namorar. Grilo é um bicho engraçado - eles tem o corpo meio robusto e perninhas bem fininhas...e bem ágeis! Daí quando o grilo quer dar uns beijinhos na grila, ele cruza as "mãozinhas" e fica de "rosto" virado pra ela, até que eles encontram os "focinhos" e balançam as mãos freneticamente...Se isso não é namoro, pode ser briga das feias, também. Não sou grilo pra saber...mas é o que eu imagino!

Abelhas, mesmo...Se não fosse tão arriscado de ficar observando, eu diria que era genial!!! Como elas são organizadas! Uma vez vi uma pequeninha se enfiar no quadradinho de mel da outra, vieram umas três indignadas, partiram de tapa pra cima dela e expulsaram a coitada da colméia...Só pra deixar bem claro que cada uma tem seu espaço e que sofre de pena de morte a que se atreve a fuçar no buraquinho alheio!...

Passo horas analisando cada uma dessas "comunidades"...Coloco um "zoom +" na minha vista, aproximo o rosto e fico reparando nos detalhes. No que cada bicho tá fazendo, como que eles se movimentam, como que eles comem, ou como eles se apaixonam...Às vezes para um de frente pro outro e os dois balançam a cabeça por vários segundos (com mosca e formiga acontece muito!). Acredito que é a forma como eles conversam...Ou que um dá ordem pro outro, vai saber...

É lindo de ver!!

E é por isso que não mato inseto!

Sempre fico pensando: será que não somos as formiguinhas, ou as lagartixas, ou as baratas na vida de outros bichos infinitamente maiores que nós??? Tipo: quando tem formiga no prato, caçando restinhos de comida, alguém pega esse prato, joga na pia e abre a torneira...Daí a formiga sai berrando socorro desesperada e morre descendo pelo ralo...Será que um "bicho homem gigante" não resolve abrir a torneira da nossa pia, e por isso que acontece um tsunami gigante?? Ou um maremoto??

Ou quando jogamos inseticida em barata...Será que quando morre uma galera por causa de uma pandemia, uma gripe suína dessas, não é um ser vivo 900 milhões de vezes maior que jogou veneno, pra ver se morria um pouco "de nós"???

Ou quando cortamos um pedaço do rabo da lagartixa, pra ver se ela morre (e ela não morre!)...será que quando alguém fica doente de parar no hospital, com um câncer ou qualquer coisa parecida, não foi um "Golias" que meteu a faca na nossa cauda, pra nos vez agonizar até a morte????

Pois é...

Não cutuco os pequenos, pra que não cutuquem comigo!!!
Quem é que me diz que não tem bicho muito maior que o homem, que girafa, que dinossauro???

É POR ISSO QUE NÃO MATO BICHO!!!

Ok, ok...pernilongo eu mato!!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Drummond, Drummond...


NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

TER OU NÃO TER NAMORADO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro.
Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar.
Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade.

Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto.

Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado.

Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos.

Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

ENLOU-CREÇA!

Carlos Drummond de Andrade


Entre maravilhas de Pessoa, Vinícius, Quintana e outras tantas coisas doces, escolhi essas duas do Drummond. E tem coisa mais atual do que esses dois textos românticos???
Nem me atrevo a escrever mais nada...

P.S.: Talvez amanhã também não me pinte nenhum atrevimento; Depois de amanhã, muito menos: imagino ter coisas mais úteis pra fazer em dia dos namorados, não?? hahahahahaha...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Semana dos namorados!

De vez em quando eu me inspiro e incorporo LEGAL uma Martha Medeiros, uma Lya Luft...e saio por aí digitando melodramas e reflexões comportamentais a torto e a direito!
(Aliás, quem não tem desses momentos, hein?)
Mas durante esta semana, acho que valem mesmo boas inspirações: ainda que seja apenas uma data, como outra qualquer, o dia dos namorados desperta mesmo esse desejo por amor, deixa todo um clima de romance no ar, lembra paixões e nos mostra que amar é gostoso, sim. Pelo menos, que ter um amor saudável é o que todo mundo quer.

Aproveitando a ocasião, dedico meus textinhos da semana aos vários tipos de amores. A tudo que eu, e todo mundo, pensamos quando estamos apaixonados...

Ai, ai...

O "primeiro da saga" é relativamente antigo, escrito há quase 2 anos, que achei vasculhando minhas coisas. Adaptei e atualizei algumas partes, porque ele surgiu num outro momento, que não o "semana dos namorados" (foi o momento "Lya Luft", mesmo!) ...
Enamorem-se!!!

"Quero um amor desses de filme. Das mais adocicadas comédias românticas.
Quero a minha metadinha, a tampinha da minha laranja, alguém que eu pense que é mesmo a minha alma-gêmea de uma vida inteira.
Quero procurar, procurar, procurar e não me fartar disso. E ficar mais apaixonada, o quanto mais durar minha busca. Mas que venha logo o encontro.
Enquanto o amor não vem, ou não se realiza, portanto, não custa sonhar.
Vou continuar de braços abertos pra receber alguém que vá me explicar o verdadeiro significado da felicidade;
pra quem vá me ensinar o que eu já sei e tudo que eu ainda nem faço idéia sobre relacionamentos;
pra alguém que deposite em mim um voto de confiança, e em quem eu confie, mesmo sabendo que não é a coisa mais certa a ser feita, mas só porque quem gosta e ama confia cegamente, mesmo;
pra alguém que vai amar minhas qualidades e relevar meus defeitos, mesmo constatando que eles possam ser um pouquinho maiores do que pareciam no início;
um cara que vai ter como principal passatempo tentar descobrir eternamente qual é a minha magia e o meu segredo;
alguém que, mais cedo ou mais tarde, vai descobrir que minha magia e meu segredo são apenas e simplesmente, o amor que eu sinto, ou que desejo sentir, como qualquer simples mortal;
alguém que saiba que a gente quebra todas as regras pra valer quando passa a gostar e se importar com alguém- e que isso é muito saudável;
alguém a quem eu vá supreender com alguma coisa absolutamente idiota, mas sempre com toda a verdade e todo o coração- e vai ser engraçado, no final das contas;
uma pessoa que vai entender as inconstâncias femininas, melhor do que ninguém, e vai acabar dando risada com essas crises estranhas;
alguém que vai saber que eu só xingo quem eu amo e com quem me importo, e que todo mundo é assim, na verdade;
alguém que vai saber que eu realmente sou sensível, que as mulheres são sensíveis;
um cara que também vai respeitar minha sensibilidade quadriplicada e minha vontade imensa de chorar durante o meu período pré- menstrual;
alguém que, abraçado comigo, vai me dizer: "eu preferia teu cabelo de antes..." porque falar coisinhas desagradáveis mesmo sabendo que o outro detesta faz parte de todo e qualquer relacionamento;
alguém (esse mesmo alguém que falou que meu cabelo já foi melhor, e que, não contente, arrematou dizendo que eu tô mais gordinha), pra quem eu vá olhar muito puta e indignada, comentando que eu poderia ter passado sem essa, daí eu vou brigar feio, porque o bom de briguinhas é sempre tentar uma reconciliação;
alguém que vai saber o quê e como fazer, da exata maneira que eu amo;
alguém a quem eu possa fazer rir e gozar, e que vai me responder a altura, porque prazer e diversão são essenciais em qualquer historinha de amor (e isso nem fui eu quem disse; é fisiológico- pode perguntar pra um médico o que que ativa a sensação de bem-estar no cérebro das pessoas);
alguém que saiba que fazer o que o coração manda e o que se tem vontade, e na hora que se tem vontade, é a melhor coisa do mundo (melhor ainda que a melhor coisa do mundo eleita por 99,9% dos homens, apesar de que, muito frequentemente, as duas coisas estão interligadas);
alguém que vai dizer, de verdade verdadeira, e de uma vez por todas, "eu te quero", "eu preciso de ti", e "eu não quero deixar de ficar contigo", que vai acabar evoluindo inevitavelmente pra um "eu te amo";
alguém que, antes de dormir e com a cabeça no travesseiro, vai fazer uma oração agradecendo a Deus por ter me encontrado;
um cara que vai merecer um tópico especial nas minhas rezas: "Senhor, até que enfim!";
alguém que vai jurar que me conhece muitíssimamente bem (e o pior é que vai conhecer mesmo!), mas mesmo assim vai se surpreender comigo quase todos os dias;
alguém que vai passar horas fazendo e recebendo carinhozinhos e chamegos, porque é gostoso e faz bem (assim como o sorvete da Kibon!!);
alguém que vai me dar o abraço mais abraço de todos os abraços que eu já abracei até hoje (e que dificilmente eu vá esquecer);
alguém de quem eu vá sentir orgulho;
alguém por quem meu olho vai brilhar de uma forma mais especial;
alguém que vai ter uma super empolgação de querer me ver sempre, de mal dar um tchauzinho e querer ver de novo, de deixar de ver e quase morrer do coração;
alguém que também vai me deixar empolgada como nunca, e com "paixonite crônica" incurável;
alguém que vá contribuir pra que essa minha "paixonite" nunca acabe, contrariando todos os dados da psicologia e da psiquiatria de que ela só dura, no máximo, um ano;
alguém que, mesmo não tendo super poderes de manutenção de "paixonite", vai me deixar nesse estado por 6 meses, 3 meses, 3 dias, ou o suficiente apenas pra me fazer feliz- o que já vai valer muita coisa!;
alguém que vá me ligar, não porque eu pedi, mas porque teve uma vontade súbita e inexplicável, quase todas as horas;
alguém que também vai me ligar porque eu pedi;
alguém pra quem eu também vá ligar só pra dizer que fiquei 1% mais bonita porque acabei de sair do salão , com a unha feita, e passei "Paris" essa semana;
alguém que vai pensar "e eu com isso??", mas que vai acabar concordando que eu realmente fiquei mais bonita porque passei "Paris" nas unhas;
alguém que eu não queira mandar embora;
alguém que me faça dar um beijo de tchau com muito custo;
alguém que vai fazer meu coração bater mais forte, e que vai quase explodir e infartar quando estiver comigo;
alguém que vai fazer comigo as duas coisas que todo mundo tem que fazer antes de morrer: escrever um livro e plantar uma árvore;
alguém que tope ir comigo a Paramaribo, ou a qualquer outro lugar, só pra ser um pouco mais feliz que o normal;
um cara com quem eu possa fazer planos a longuíssimo prazo, de construir várias coisas e mudar o mundo, mesmo que o namorico tenha prazo de validade super curto;
alguém que não vai querer cair na rotina comigo nunca, mas que se cair, vai achar legal porque vai ser comigo;
alguém a quem eu possa dizer: "tás certo mesmo", ou "acho que tás errado, mas vou te apoiar mesmo assim";
uma pessoa que saiba que tem horas pra ser alegre, tem horas pra ser triste, e que eu vou estar em todas elas porque é esse o verdadeiro significado da palavra "parceria";
alguém que vai se importar comigo se eu estiver sofrendo ou ansiosa, e de quem eu vá sentir uma preocupação bastante forte e natural, típica de pessoas que se gostam;
uma pessoa em quem eu possa dar uns esporrinhos e umas broncas de vez em quando;
uma pessoa que vai fazer o mesmo comigo;
alguém de quem eu sinta um ciuminho bobo e que vai também ficar cabreirinho quando me ver falando com outra pessoa;
alguém que queira mais ou menos as mesmas coisas que eu, lá no fundinho, e ache a maior graça no fato de eu ainda insistir em querer umas coisas muito bobas;
alguém com quem eu tenha uma afinidade tão grande, mas tão grande, mas tãaaaaao grande, que vai chegar à conclusão óbvia que me conhece de outros planetas, há quase 5 mil anos;
uma pessoa que, assim como eu, nunca vai acreditar que opostos se atraem, porque na prática os idênticos é que se amam...mas e se for oposto? "Fazer o que????";
alguém que deva ter uma dose extra de calma e paciência, porque relacionamentos requerem essas duas coisas ocasionalmente;
alguém pra me fazer colocar em prática uma receita culinária de grau de dificuldade "médio" do livro da Ofélia, que vai comer tudinho, não deixar nada no prato e dizer que amou;
alguém que, quando eu tentar pular pra receita de grau de dificuldade "só para gourmets", vai me surpreender com um super jantar no restaurante mais legal da cidade, com a alegação de que vai ser mais prático e bem mais romântico, só pra não ter que sofrer com a gororoba;
um cara que entenda que todos temos fragilidades, (aliás, muitas!);
alguém que faça tudo por mim, que comece qualquer coisa por mim, e que abandone qualquer coisa por mim;
um homem que tenha "peito" mesmo, só pra se desfazer de alguns "velhos moldes" e "velhas crenças", que mande tudo pro espaço, a meu favor;
alguém que tenha tempo e disponibilidade pra mim, sempre, mas que também saiba que cada um tem e deve ter seu espaço;
alguém que valoriza as pessoas e que me valoriza mais ainda;
uma pessoa que tenha essa mesma visão "colorida" dos amores, e que seja e esteja livre pra me amar mesmo;
alguém que faça cara de bobo e de feliz quando estiver na minha companhia;
um cara especial, e que me faça sentir especial;
Alguém que me mereça de verdade...
Alguém pra chamar de meu..."
Ai, Ai...Boas lembranças! Ótimos desejos!!
P.S.: Plágio e cópia sem sitação de fonte são crimes!! E eu sou má e processo todo mundo, já avisei!!!

domingo, 7 de junho de 2009

A Cabana

Raramente leio o que todo mundo está lendo no momento, porque sou bem do contra. Tenho um certo preconceito desse tal de best-seller, muito embora, pra mim, ele cause, SEMPRE, os mesmos efeitos de filmes nacionais - eu evito porque acho que é uma porcaria, acabo assistindo pra matar minha curiosidade e quase sempre gosto bastante, ou me surpreendo enormemente.
Com este livro não foi muito diferente. Parece até que ele me perseguiu: onde eu ia, via alguém carrengando um exemplar debaixo do braço. Pensei comigo: "mas que será que tem esse livro, hein?"...

Fui checar a olhos vivos.

E, olhem, posso dizer que tem coisa até demais.

É uma obra que trata de religião, de fé, de amor, compaixão, perdão, responsabilidade e outras tantas outras coisas vitais, imprescindíveis, mas que raramente trazemos para o nosso mundo numa reflexão coerente e sensata. Parece bobo demais, ou piegas demais, mas é verdade.
A história fala de um pai que perdeu uma filha, aparentemente assassinada, e depois dessa tragédia, ele a família afundam numa tristeza sem tamanho. Nada passa a ter graça, todos se sentem culpados pelo desaparecimento da menina e, inconformado, ele passa a duvidar da existência de Deus, "porque Deus não permitiria isso a uma criança inocente"...
Eis que, três anos após toda a depressão, Deus resolveu chamar esse pai descrente pra uma conversinha. E o que era pra ser, no mínimo, bizarro (uma bate-papo ao vivo e a cores com Deus), tornou-se a maior e melhor experiência que ele teve na vida.

Assim, esse é o resumo do resumo. Nem teria tanta graça contar um "a" a mais que isso.

Até não pesquisei melhor, mas não poderia precisar quanto tem de ficção, e quanto tem de realidade neste livro. "Irreal" ou nem tanto, ele serve pra várias reflexões. Eu me flagrei por várias vezes me sentindo um lixo de ser humano (não que a leitura seja degradante, nada disso! É só força de expressão, mesmo!), e aprendendo a ver muita coisa sob outra perspectiva. Pra variar, sob uma perspectiva que era completamente virgem aos meus olhos e ao meu modo de reagir a varias situações.

Aconselho a leitura para pessoas que perderam pessoas queridas, ou que sofreram grandes decepções, ou mesmo as sãs e felizes, mas que estão descontentes com o rumo que a vida toma de vez em quando (E todo mundo, pelo menos uma vez na vida, se irrita com o caminho que as coisas estão levando!).

O autor usa uma linguagem bem simples, rápida e direta: se duvidar, dá pra ler tudo num domingo ocioso, de uma só vez!

Eu peguei um exemplar emprestado, mas acredito até que vá comprar pra, vez ou outra, reler e reaprender as lições fantásticas desse livro.

Vale muito a pena!


P.S.: Se Deus me chamasse pra uma conversinha, uma das primeiras coisas que eu ia perguntar, completamente indignada, seria porque chove durante o dia. Chuva só serve pra abastecer o mundo de água, então que chovesse enquanto todos estivessem dormindo! Bem mais gostoso! Sair de casa com chuva só serve pra pegar doença, bater o carro, ficar de mau-humor...
Deus também bem que poderia dar a cada um de nós um "sensor de perigo iminente". Do tipo: "apitou!! Não vou que essa é fria!!"...Pra relacionamentos, mesmo, seria uma benção!