quarta-feira, 20 de maio de 2009

"Só porque tenho por ela um apreço imenso..."

"...ela me esnoba, me esnoba, ME ESNOBA!!!!!!"

Tava cantarolando essa música, que grudou no meu cérebro o dia todo, e por mais de meia hora viajei no papo "click do amor". Essa coisa de "arrasto um bonde por essa pessoa e ela nem 'tchum'!". O amor desencontrado. Que vai amor e volta amizade, e que não bate num mesmo "click". Que tá completamente fora do tempo e quase sempre se perde em algum lugar.

Vai dizer: quem nunca teve um "apreço" gigante por alguém e foi esnobado??
Encontramos a pessoa perfeita, que tem as qualidades que julgamos perfeitas, claro que ela não tem defeito (porque amores e paixões não veem essas coisas!), e ela só não vira uma divindade na terra e nos faz "sonhar com um mundo melhor e mais divertido" porque...bom...
porque...porque ela não tá aí pro fato de que sonhamos, sim, com um mundo melhor e mais divertido!!!! Pra essa pessoa dos "nossos sonhos", somos apenas mais um pobre mortal (isso, usando um eufemismo: quase sempre não somos NADA pra pessoa por quem temos aqueeeeeeeele apreço!!!).

Não, e pra piorar, a nossa natureza débil-mental, suicida e sadomasoquista tridimensiona todo o sofrimento: quanto maior o amor de um lado, maior o desprezo do outro. Sempre assim!

Conclusão 1: o ser humano em estado de paixonites e amores gigantes é um tremendo idiota.
Conclusão 2: Talvez todo mundo goste mesmo de se sentir rejeitado.

Ok. Não tô dizendo que ninguém deve se apaixonar, que ninguém deve amar ninguém, ou ter apreço, consideração, esse tipo de coisa. Amor é um sentimento lindo, que todo mundo quer sentir. Sou uma defensora árdua de amores. Dos vários tipos de amores.

Também não sei se todo mundo, lá no fundinho, gosta de "sentir que tá perdendo espaço", que tá sendo deixado de lado...mas SÓ PODE SER!
As estatísticas comprovam: 19 entre 10 pessoas já morreram por alguém sem resposta alguma. Quer dizer, sem resposta, não; com resposta, mas das mais negativas (do tipo "tô nem aí pra você, não se tocou AINDA??")...

Às vezes acontece porque a pessoa amada não tem consciência nenhuma desse amor. Tá tudo num campo muito platônico demais. Era só uma amizade, ou às vezes nem era nada, o contato é quase que mínimo, e, claro, a pessoa não tem como advinhar. Só que, cuidado! - fazer com que se perceba esse amor todo é quase sempre ultra desastroso. Quem tá amando sempre acha que não se fez muito claro e peca pelo exagero: agrada demais, aparece demais, elogia demais, procura demais. Só pra ver se "o amor"acorda pra vida.
O resultado, óbvio, é que não tem como não pegar abuso de uma pessoa que fica demais no pé, que quer fazer parte da nossa vida a qualquer custo, e toda hora (eu que o diga! Tem gente que sabe ser inconveniente!!!).

(Puuuts, me achei "A super amada, agora!"...Hahahahahaha...)

Outras vezes esse amor não-correspondido aí acontece por um processo crescente e desmedido de autodestruição e autodesvalorização (assim em termos dramáticos, mesmo!). A pessoa não consegue perceber que ela própria tem muitos pontos positivos, e valores, e todo esse tipo de coisa, e tenta sempre achar no outro a razão de tudo. A felicidade plena só vai acontecer, e só nos sentiremos capazes e preenchidos se a pessoa-objeto do nosso amor estiver por perto. "Porque sem o (a) fulano (a) nada faz sentido", "não consigo me imaginar sem ele (a)" , "só ele (a) sabe como agir e o que fazer pra me fazer feliz"...
Solução??? Sempre tem! Nesses casos, vale sempre dar aquela sacudida na autoestima (agora sem hífem, é isso mesmo???). Amigos são essenciais nessas horas! Descobrir que somos úteis, felizes, amados por alguém...que temos virtudes e desejos faz bem pro pior e pro melhor dos egos! Qualquer coisa é válida: um passeio diferente, viagem, roupa nova, cabelo novo...O duro é que, cuidado novamente! - autoestima demais leva à agressividade. Quando estamos no meio de uma história de amor não-correspondido, e lá pelas tantas descobrimos num estalo que devemos ser valorizados, que aquela pessoa imbecil não nos merece, daí...Deus-nos-acuda!!! O amor vira ódio, esculacho, vingança, todo mundo sai dando patada em todo mundo (Pô...tem gente que até merece esculacho, porque esnoba demais e se acha até não ter como, mas o objetivo principal é amor mútuo, não é??? Então raiva não leva a lugar nenhum!!)...e o que era "amor" vira o demônio na terra, a situação mais trágica de todos os tempos, que não cicatriza de jeito nenhum...
Não, e mais drástico: nunca somos agressivos só com o outro; a agressividade acontece dentro de cada um de nós! Sempre rola um sentimento de culpa ou de desmerecimento porque o amor não deu certo...Uma vitimização sem fim!! A famosa crise do "sou Judas, mesmo, fazer o que?!"..."Tadinha (o) de mim!!!"...

Tem vezes, porém, que esse "amor de um lado só" aí não é nem platonice aguda, nem falta de amor-próprio. É cegueira e burrice, mesmo. Digo, de quem está amando. É muito fácil visualizar um bonequinho perfeito do nosso amor, que não tem defeitos, não xinga, não caga e não tem chulé. No fundo a pessoa não vale nada, é insuportável, feia ao extremo, ou burra ao extremo, ou desagradável ao extremo, mas só o que vemos é...uma pessoa mágica ao extremo!!!
Pura ilusão...
O problema é que nunca existe um "autodiagnóstico" de miopia, astigmatismo ou qualquer disfunção ocular desse naipe. Por mais que mil amigos falem que a pessoa não vale nada, por mais que todo o contexto demonstre que a pessoa realmente não merece todo o amor desprendido, não adianta: o cego nunca percebe nada! Nunca se enxerga (Claro!!!) !!!
Solução??? Não tem muita, não...
O jeito é deixar a coisa passar...
Porque, claro (e que bom!) , uma hora o amor termina e enxergamos alguma luzinha no fim do túnel!

Agora...triste mesmo é quando a "coisa" não bateu num mesmo tempo. A pessoa é super legal, nós nos sentimos super bem, não temos problema nenhum de auto-confiança, auto-sei-lá-o-que, nem estamos muito cegos, a situação é ótima e de parceria e agradabilidade mútua, mas, INFELIZMENTE, não rolou "aquele click" (o tal do "click do amor"). Sabe aquela história de que "nos damos super bem, temos coisas em comum, somos os dois livres, mas não rola"??? Falta de química, talvez.
Nesses casos, geralmente, um ama e é esnobado, e depois de meses, anos, o outro passa a amar também, só que já não adianta mais nada...Virou amor não-correspondido de novo, só que do outro lado.
Isso é pra chorar, a única solução. Até porque algumas vezes vezes não foi nem só falta de química e click batendo descompassado. Pode ter sido uma excelente oportunidade não-aproveitada. Ou desperdiçada. Quem sabe era só fazer uma forcinha, vai saber (até porque se o amor do outro lado chegou meio tarde, de certa forma, ele deve ter sempre existido, mesmo que muito pequenininho...) ...
Sei não...Mistérios da vida...

O fato é que , concusão 3: Quando não deu, de uma ou de outra forma, é porque não tinha que dar. Ou não tinha que dar AINDA.

Mas, de certa maneira, a conclusão 4 é que,
4a: As coisas sempre acontecem no tempo certo;
4b: O que é nosso tá guardado (e-n-t-e-r-r-a-d-o, em alguns casos) ;
e 4c: Uma hora todo esse desamor passa.

Aquela coisa, que a música diz: "...mas não tem nada, não, eu bem que me conheço, eu sei que um dia viro a mesa e mudo de endereço..."

"...e essa criatura, por quem eu tenho apreço, vai ficar cheia de culpa por me dar desprezo!".
Sempre rola um remorso da outra parte, é fato!
Não queria dizer nada, não, mas tô achando que é a conclusão n. 5.

Ô, tristeza!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Não faça hoje...

Precisei passar por uma crise de arrancar os cabelos pra me lembrar de um ditado "psicológico pós-modernista" que resolvi adotar pra minha vida, de uns anos pra cá.
Foi um dia de telefone tocando sem parar, coisas pra resolver, meia dúzia pra deixar pronto, um outro tanto pra decidir, e dúvida do que fazer primeiro, do que seria melhor e como, e gente cobrando, e eu me cobrando mais ainda, até crise de identidade e o escambau...Muita coisa pra fazer pra ontem, ou nem tanta coisa assim, mas o cérebro funcionando pra deixar tudo agilizado o quanto antes. Como se o mundo fosse acabar a qualquer instante e eu tivesse que finalizar boa parte do que comecei antes disso (e olha que é bastante!). A tal da ansiedade que ainda vai matar metade da população do mundo de problema cardíaco.

E não adianta: não é nem uma coisa que é só minha, mas quase todo mundo que eu conheço quer ver as coisas prontas, e acabadas e findas, o mais rápido possível, só pra ver no que vai dar. Ou se vai dar em alguma coisa. No mínimo. Ninguém tem mais paciência pra esperar nada, pra deixar o curso das coisas correr naturalmente. E se não existe uma auto-cobrança, existe a cobrança do meio, do cosmos, do ambiente de trabalho, de família, de amigos, de tudo. Sempre alguém espera por alguma coisa, ou por alguma atitude de alguém. O mundo tá assim, vê só!

Hoje em dia já se nasce ansioso, com planos fixos e pré-determinados, com as coisas tendo que se encaixar perfeitamente e no tempo certo, com projeções imbecis de um "amanhã perfeito" que às vezes nem vem, ou que vem repleto de desajustes.

Antes de tudo acontecer, já tem o maldito "será". "Será que vai dar certo?", "será que eu vou conseguir essa vaga?", "será que meu trabalho vai ser recomendado?", "será que vão me ligar amanhã?", "será que vou ver essa pessoa novamente?", "será que encontrei finalmente minha alma gêmea?", "será que tá bom?"..."será, será, será..????"...Uma inquietação sem tamanho.

E agora eu pergunto: pra quê? De que dianta correr atrás de um monte de coisa que vai acontecer ou não, de qualquer forma, independentemente da nossa vontade?

"Não, mas se eu não acabar isso hoje...", acaba outro dia, né?

"Mas se eu não fizer isso agora, vou perder meu emprego"...arruma outro, oras!

"Se eu não der um jeito de aparecer, de ligar, ou mandar mensagem, ele(ela), nem vai se lembrar que eu existo!"...ENTÃO ARRUMA OUTRA PESSOA, que tá cheio de gente disponível por aí, e querendo corresponder a chamados e atenções!!!!!!

O que não dá é pra perder o sono e a fome com pessoas que apressam, com situações que apressam, com a nossa própria cabeça que quer ver as coisas prontas o quanto antes.
A troco de nada!
Porque uma hora todas as coisas se resolvem, e chegam num fim, quer queiramos ou não.
E mesmo se as coisas atrasam, ou não acontecem, dá sempre pra partir pra um plano B. SEMPRE!

Assim, super óbvio, que "as coisas acontecem no tempo certo", que "tudo vai dar certo", e que "o que tiver que acontecer vai acontecer", mas eu já tava xingando meio mundo só pra resolver uma coisa insignificante pra anteontem (e todo mundo faz a mesma coisa!). E sem ganhar um real a mais por acabar antes do tempo, ou por conseguir resolver da melhor forma possível.

Então, antes que eu me acabasse em ansiedade, preocupação, inquietação e outras quinhentas sensações desconfortáveis (aumentadas em grau por uma tpm irritante), resolvi me lembrar da tal frase que tem me feito uma pessoa mais sossegada:

"Não faça hoje o que você pode deixar pra amanhã"!

Até porque "amanhã" sempre se dá um jeito...Se é que ele vem mesmo (sim, sim! Esperamos todos que sim!!)!!
Martelei essa frase na minha cabeça e sabe o que eu fiz num fim de tarde cheio de coisa pra fazer??? Coloquei meu celular no silencioso, disse pra meio mundo que eu não estava e fui no cinema ver um filme...

Tudo bem! O filme até não recomendo, não.
Mas depois dormi bem e tranquila, que foi uma maravilha! E já posso postergar meu tratamento anti-rugas em mais alguns anos...
Nada de rugas e cabelos brancos por hoje!!! Por favor!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Homenagem ao dia das mães

(Post atrasado, mas nada desimportante!)

Mãe realmente só tem uma.
Alguns tem a sorte de terem duas ou três.
Outros, porém, não tem essa felicidade, mas conseguem achar uma postiça. Porque Deus não deixa ninguém sem mãe.
Só mãe que sabe das coisas (mesmo quando a gente reza pra ela estar errada), que dá o conselho certo, a bronca necessária. Só mãe que dá colo mesmo depois que a gente cresce, que perdoa o erro mais grotesco, que dá o ombro pra que a gente chore pela coisa mais imbecil do mundo. Depois ela vai rir ATÉ da cara da gente, pelo choro exagerado e sem sentido, mas não tem como ficar chateado com mãe. Pelo menos, não por muito tempo, porque a gente sempre vai precisar dela num caso meio urgente.
Gripe sem a sopa da mãe não tem graça, domingo sem abraço de mãe, muito menos. Parece que a roupa lavada pela mãe fica mais branca que a roupa que a gente lava. Comida, então! Nem se fala...Comida de mãe não tem preço, e até deveria ter, pra todo mundo ficar milionário. Parece que mãe sabe temperar. Que faz mais rápido e mais gostoso, sei lá! Mesmo as mães trágicas na cozinha tem alguma especialidade. E o filho gosta e pede sempre mais um prato.
Parece que mãe nasceu com um manual para todas as coisas do mundo. É tudo a mãe que resolve! Ok! Ela não passa, não costura, não faz comida e não tem nenhuma habilidade manual, mas deixa com ela que ela dá um jeito. Não falha uma vez sequer! É a rainha pras coisas impossíveis e inajustáveis!
Mãe também nasceu com dom pra meteorologia. Consegue prever a velocidade do vento e o temporal que vai cair no fim de tarde, mesmo quando tá um sol de rachar. Se ela falar “leva um casaco”, nem pense duas vezes. Se ela der um guarda-chuva, então...não diz que não precisa, porque é pingo grosso na certa!
E pra que pagar psicólogo?? Fala com a mãe! Pra relacionamentos, não tem melhor. E não é porque ela tá vendo de fora, não. Mãe sabe como ninguém como ajustar corações e quem são as melhores companhias pro filho. Se ela disser que não vai dar certo, nem adianta tentar. Ela sabe o que é melhor pra você!
Mãe se torna vidente e cartomante quase sempre, também. Se pintar uma dúvida sobre um trabalho novo, um investimento ou um caso de amor, só pedir a opinião dela, que intuição de mãe nunca falha! Quase sempre sem um fundamento muito plausível, mas é batata! Como dois e dois são quatro! Não ir pelo caminho que ela sugeriu é só pra depois dizer “Que droga! Minha mãe tava certa!”.
Tudo bem, tudo bem! Mãe é um saco de vez em quando! Não importa a idade do filho: ela se preocupa se ele ainda não apareceu em casa ou se não ligou. Dá palpite pra tudo e regula tudo o que a gente come. E tem sempre um amigo que ela não vai com a cara! Sinceridade de mãe também dói, mais do que todas as outras. Mãe não costuma poupar, não, porque “tá falando pro nosso bem” (E o pior - ou melhor! - é que tá mesmo!)...
Ela sempre diz que “não é assim que se faz”, e o triste é que ela deixa a gente fazer errado só pra quebrar a cara (quem sabe um dia a gente aprende...). Levar mãe pra fazer compra exige paciência. Dirigir com ela do lado, mesmo...haja!!!
Mas não briga com ela, não, porque é feio e é pecado. E porque praga de mãe pega que é uma coisa!
Pegar mais do que praga de mãe, só benção de mãe. Dizem que um filho abençoado é um filho guiado por Deus (ou sei lá por qual divindade se acredita) e nada de mal lhe acontece. Nunca.
Mãe, não. Mãe não precisa, porque já é abençoada desde que vira mãe.
Mas não custa pedir pra Deus proteger e guardar com carinho, né?
Afinal de contas,
MÃE É MÃE!!!



Textinho especial pra todas as mães, pra minha (mais ainda), e ultra especial pra minha bisavó, que ontem, coincidentemente, fez 88 anos.
Acho um orgulho ter bisavó! Mais legal ainda é ouvir a minha mãe (sente: a minha mãe!!!!) dizer que vai visitar a vó dela!!!!! Privilégio pra poucos...
Pelos meus cálculos, são mais de 40 bisnetos e uma vida cheia de coisas e histórias, que só mãe pra saber contar. Mãe por 3 vezes, detalhe.
Se Deus me der saúde, ainda quero limpar fralda de filho, fazer comida, ouvir choro, dar conselho e fazer tudo o que só mães são capacitadas pra fazer.
E se Deus me der sorte, quero muito ser igual a minha bisavó...
Sem tirar, nem por!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Faxina necessária!

Aproveitando a ocasião - de mudança de tempo, de mudança de hábito e de mudança de várias coisas, separei uma tarde dessa semana pra fazer uma faxina em todas as minhas tranqueiras.
E percebi que há muito mais de terapêutico numa boa (re)organização do que se imagina!
Entre velhos recibos, papéis inúteis, roupas desgastadas e objetos que nem funcionam mais, pude vasculhar boa parte do meu passado, matar a saudade de várias coisas e jogar muito do que não é e nem foi bom pro lixo, literalmente.


Sou daquelas pessoas que projeta demais o amanhã, mas que não deixa de esquecer nada do que se passou ontem. Guardo todos os trecos do mundo nas minhas gavetas. Sinceramente falando, minhas coisas são parte da minha personalidade, de forma que há muito mais de mim nas minhas caixas e armários, do que eu mesma poderia contar com palavras. Desde fotos antigas (com cabelos medonhos e roupas hilárias – como que alguém me deixava sair de casa naquele estado?!), a cartinhas (e-mails, também peguei a fase da modernidade!) de ex-amores, pequenos souvenirs, fotos de família e cartões de fim de ano dos amigos mais chegados.
Muita coisa que até Deus duvida, eu achei! O diário velho de 95 (onde eu li que o Carnaval daquele ano foi uma porcaria!), o álbum de viagem de férias (com meu rosto super rechonchudo!!! E definitivamente não sinto falta do nariz e do cabelo que eu tinha uns aninhos atrás!!!), o kit que eu usava pra costurar minhas sapatilhas de ballet...Ah, minha coleção de chaveiros (qual a utilidade de uma COLEÇÃO DE CHAVEIROS????? Diz pra mim...)...
Deu pra rir!
E também pra me acabar em lágrimas...
Lembranças de viagens que se acabaram, de pessoas que se foram, de fases que passaram, de relacionamentos que nem me lembrava mais...tudo que não existe mais, só que serviu (e muito!) pra tudo o que eu sou e sinto hoje...
Encaixotar minhas coisas e reorganizá-las teve o lado bom, não só porque eliminei ácaros da minha vida alérgica, ou porque fiz uma ótima ação separando roupas e sapatos pra doação. Nem pelo fato de eu ter colaborado com planeta, separando o lixo reciclável. Mas porque limpou várias coisas em mim, me fez reviver alguns ótimos episódios e descobrir que o passado é saudável, sim.
Dessa vez minha faxina foi por obrigação e necessidade do momento.
Mas tô pensando seriamente em torná-la um hábito e uma psicoterapia, pelo menos de 3 em 3, ou de 4 em 4 meses (até aconselho a prática, também!).

Porque sempre na vida se tem alguma coisa pra reaproveitar, e outro tanto pra se jogar fora...