sexta-feira, 8 de maio de 2009

Faxina necessária!

Aproveitando a ocasião - de mudança de tempo, de mudança de hábito e de mudança de várias coisas, separei uma tarde dessa semana pra fazer uma faxina em todas as minhas tranqueiras.
E percebi que há muito mais de terapêutico numa boa (re)organização do que se imagina!
Entre velhos recibos, papéis inúteis, roupas desgastadas e objetos que nem funcionam mais, pude vasculhar boa parte do meu passado, matar a saudade de várias coisas e jogar muito do que não é e nem foi bom pro lixo, literalmente.


Sou daquelas pessoas que projeta demais o amanhã, mas que não deixa de esquecer nada do que se passou ontem. Guardo todos os trecos do mundo nas minhas gavetas. Sinceramente falando, minhas coisas são parte da minha personalidade, de forma que há muito mais de mim nas minhas caixas e armários, do que eu mesma poderia contar com palavras. Desde fotos antigas (com cabelos medonhos e roupas hilárias – como que alguém me deixava sair de casa naquele estado?!), a cartinhas (e-mails, também peguei a fase da modernidade!) de ex-amores, pequenos souvenirs, fotos de família e cartões de fim de ano dos amigos mais chegados.
Muita coisa que até Deus duvida, eu achei! O diário velho de 95 (onde eu li que o Carnaval daquele ano foi uma porcaria!), o álbum de viagem de férias (com meu rosto super rechonchudo!!! E definitivamente não sinto falta do nariz e do cabelo que eu tinha uns aninhos atrás!!!), o kit que eu usava pra costurar minhas sapatilhas de ballet...Ah, minha coleção de chaveiros (qual a utilidade de uma COLEÇÃO DE CHAVEIROS????? Diz pra mim...)...
Deu pra rir!
E também pra me acabar em lágrimas...
Lembranças de viagens que se acabaram, de pessoas que se foram, de fases que passaram, de relacionamentos que nem me lembrava mais...tudo que não existe mais, só que serviu (e muito!) pra tudo o que eu sou e sinto hoje...
Encaixotar minhas coisas e reorganizá-las teve o lado bom, não só porque eliminei ácaros da minha vida alérgica, ou porque fiz uma ótima ação separando roupas e sapatos pra doação. Nem pelo fato de eu ter colaborado com planeta, separando o lixo reciclável. Mas porque limpou várias coisas em mim, me fez reviver alguns ótimos episódios e descobrir que o passado é saudável, sim.
Dessa vez minha faxina foi por obrigação e necessidade do momento.
Mas tô pensando seriamente em torná-la um hábito e uma psicoterapia, pelo menos de 3 em 3, ou de 4 em 4 meses (até aconselho a prática, também!).

Porque sempre na vida se tem alguma coisa pra reaproveitar, e outro tanto pra se jogar fora...

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