domingo, 7 de junho de 2009

A Cabana

Raramente leio o que todo mundo está lendo no momento, porque sou bem do contra. Tenho um certo preconceito desse tal de best-seller, muito embora, pra mim, ele cause, SEMPRE, os mesmos efeitos de filmes nacionais - eu evito porque acho que é uma porcaria, acabo assistindo pra matar minha curiosidade e quase sempre gosto bastante, ou me surpreendo enormemente.
Com este livro não foi muito diferente. Parece até que ele me perseguiu: onde eu ia, via alguém carrengando um exemplar debaixo do braço. Pensei comigo: "mas que será que tem esse livro, hein?"...

Fui checar a olhos vivos.

E, olhem, posso dizer que tem coisa até demais.

É uma obra que trata de religião, de fé, de amor, compaixão, perdão, responsabilidade e outras tantas outras coisas vitais, imprescindíveis, mas que raramente trazemos para o nosso mundo numa reflexão coerente e sensata. Parece bobo demais, ou piegas demais, mas é verdade.
A história fala de um pai que perdeu uma filha, aparentemente assassinada, e depois dessa tragédia, ele a família afundam numa tristeza sem tamanho. Nada passa a ter graça, todos se sentem culpados pelo desaparecimento da menina e, inconformado, ele passa a duvidar da existência de Deus, "porque Deus não permitiria isso a uma criança inocente"...
Eis que, três anos após toda a depressão, Deus resolveu chamar esse pai descrente pra uma conversinha. E o que era pra ser, no mínimo, bizarro (uma bate-papo ao vivo e a cores com Deus), tornou-se a maior e melhor experiência que ele teve na vida.

Assim, esse é o resumo do resumo. Nem teria tanta graça contar um "a" a mais que isso.

Até não pesquisei melhor, mas não poderia precisar quanto tem de ficção, e quanto tem de realidade neste livro. "Irreal" ou nem tanto, ele serve pra várias reflexões. Eu me flagrei por várias vezes me sentindo um lixo de ser humano (não que a leitura seja degradante, nada disso! É só força de expressão, mesmo!), e aprendendo a ver muita coisa sob outra perspectiva. Pra variar, sob uma perspectiva que era completamente virgem aos meus olhos e ao meu modo de reagir a varias situações.

Aconselho a leitura para pessoas que perderam pessoas queridas, ou que sofreram grandes decepções, ou mesmo as sãs e felizes, mas que estão descontentes com o rumo que a vida toma de vez em quando (E todo mundo, pelo menos uma vez na vida, se irrita com o caminho que as coisas estão levando!).

O autor usa uma linguagem bem simples, rápida e direta: se duvidar, dá pra ler tudo num domingo ocioso, de uma só vez!

Eu peguei um exemplar emprestado, mas acredito até que vá comprar pra, vez ou outra, reler e reaprender as lições fantásticas desse livro.

Vale muito a pena!


P.S.: Se Deus me chamasse pra uma conversinha, uma das primeiras coisas que eu ia perguntar, completamente indignada, seria porque chove durante o dia. Chuva só serve pra abastecer o mundo de água, então que chovesse enquanto todos estivessem dormindo! Bem mais gostoso! Sair de casa com chuva só serve pra pegar doença, bater o carro, ficar de mau-humor...
Deus também bem que poderia dar a cada um de nós um "sensor de perigo iminente". Do tipo: "apitou!! Não vou que essa é fria!!"...Pra relacionamentos, mesmo, seria uma benção!

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